Reflexões dos Conteúdos

Especificidade da Psicologia

 Este tópico foi dado no início das nossas aulas de psicologia, este servia como um modo da professora nos ensinar o básico da psicologia, ou seja, o que esta é, para que serve e como funciona.

 Eu já tinha um pouco de noção de quão complexa era a psicologia, devido a alguns dos conteúdos que já dei a filosofia. Mesmo assim, achei interessante os aspetos da análise psicológica que se pode fazer a cada indivíduo, pois isto pôs-me a pensar nos fatores que podem afetar os nossos comportamentos e onde estes acabam, algo que nunca pensei muito a fundo. Também achei um pouco peculiar a conexão entre a psicologia e as ciências computacionais, mas realmente hoje em dia tudo pode ser ligado às tecnologias.

 No entanto, o tópico que mais me chamou à atenção foi o da ética e deontologia da psicologia, visto que, apesar de já saber que os psicólogos precisam de manter um nível de confidencialidade, assim como muitos médicos, este tópico pôs-me a pensar no efeito que um psicólogo pode ter num dos seus doentes, já que muitos destes vão apenas a um psicólogo. O que pode colocar um grande peso no psicólogo, porque a sua incompetência pode manchar a vida da pessoa ou evitar que o problema seja remediado ou evitado.

 No geral, achei que esta matéria despertou um pouco do meu interesse para a psicologia e pôs-me a refletir sobre coisas que previamente não tinha pensado muito a fundo, um 7,5/10.


A genética e a psicologia

 Este tópico demonstrou o impacto da genética, mais ao nível da hereditariedade, no nosso psicológico e nas nossas capacidades. Além de nos colocar a pensar sobre o dabet de "Inato versus adquirido".

 Os estudos dos efeitos da genética no psicológico são feitos, principalmente, através da análise do comportamento de gémeos, dos familiares, das adoções e das anomalias e síndromes genéticas. Achei interessante alguns dos casos que analisamos, como o dos gémeos Jim, que vimos numa atividade em aula. Isto mudou a minha opinião em relação ao efeito da genética nos nossos comportamentos, pois nunca pensei que poderia chegar a ser tão grande, apesar de já saber que a hereditariedade tinha um efeito no nosso psicológico. Também fiquei um pouco a pensar sobre o potencial que a genética tem, no que diz respeito à mudança artificial de genes.

 Relativamente a uma pergunta levantada pela professora no meio da aula, "O que afeta mais a inteligência, a genética ou as experiências?", eu primeiro estava mais inclinado para um intermédio, isto é, era da opinião que ambas tinham o mesmo efeito, mas, após conhecer o caso dos gémeos Jim fiquei mais inclinado para um 60% para a genética e 40% para as experiências. Claro que até o maior génio do mundo precisa de estudar para ganhar conhecimento sobre um tópico, no entanto, estes adquirem-no muito mais facilmente, nem todos nós podemos alcançar o que muitos outros conseguiram apenas por tentar, o que é muito triste e pode criar inveja.

 Esta parte da matéria foi um pouco mais interessante que a anterior e também me colocou a refletir um pouco. Além de mudar um pouco a minha visão do efeito da genética nos nossos comportamentos, claro que não fiquei com a ideia de que somos robôs programados pelos genes, mas fiquei com uma maior ideia sobre o efeito da hereditariedade em nós. Um sólido 8/10.


Estrutura do Cérebro

 Esta parte foi abordada principalmente por nós através das apresentações que fizemos sobre cada tópico que constituí esta parte da disciplina.

 Em relação à matéria, achei-a um pouco interessante, pois é das categorias de tópicos aprendidos ao decorar e não ao entender, o que os torna mais aborrecidos, pelo menos na minha visão. O facto de poder descobrir que partes do cérebro é que controlam o quê torna a aprendizagem desta matéria mais cativante do que seria de se esperar de uma matéria mais virada para a memorização. A minha parte favorita deste tópico foi o mecanismo de suplência, pois, apesar de saber que os nossos corpos não regeneram células nervosas, não sabia que possuíamos a capacidade de as reorganizar.

 Relativamente à apresentação da matéria, acredito que todos os grupos, no geral, apresentaram bem, no entanto, admito que o meu nervosismo pode ter afetado negativamente a minha apresentação. Achei esta parte da matéria interessante, um 7/10.


Inacabamento e complexidade do ser humano

 O inacabamento e a complexidade dos seres humanos são dois tópicos ligados à estrutura do nosso cérebro e a como este reage e absorve informações sobre o meio. Algo que achei bastante interessante e curioso.

 Achei esta a matéria a mais cativante até agora, pois ensinou-me muitas coisas que antes não sabia sobre nós, humanos, e as nossas capacidades diferentes das outras espécies ao nível intelectual. No caso do inacabamento, eu não sabia que os nossos bebés nasciam assim tão "prematuramente" se comparados aos das outras espécies, o que está ligado à dificuldade do parto devido aos nossos grandes crânios e oferece-nos a capacidade de nos adaptarmos mentalmente ao ambiente em que nascemos, como "tábulas rasas". O que também pode ser mau pela dependência que os filhos têm dos pais ao longo do seu crescimento. Este inacabamento e a nossa capacidade de adaptação/aprendizagem culminam na complexidade mental do ser humano e nas capacidades que nos diferenciam dos animais, algo de que antes não fazia ideia e me surpreendeu profundamente.

 Em suma, esta foi a matéria de que mais gostei até agora, pois foi nela que aprendi mais coisas interessantes. Antes de darmos esta matéria eu nunca tinha pensado muito afundo sobre as nossas diferenças mentais em relação aos outros animais, claro que eu sabia da nossa superioridade intelectual, comparável apenas à dos cetáceos, mas nunca pensei muito afundo nisso. No geral, foi uma matéria muito interessante e iluminadora, um 9/10 sólido.


A Cultura

 A "cultura" é uma parte da matéria que explica o efeito da cultura em nós, como é que cada indivíduo a afeta e o que é esta realmente é.

 A meu ver, esta matéria não é lá muito interessante, pois já a abordamos anteriormente, nas disciplinas de filosofia e de geografia. Claro que pegar nesta matéria e atribuir-lhe um contexto mais ligado à psicologia foi um pouco interessante, mas não o suficiente para tornar esta parte da matéria cativante. No entanto, ainda existiram partes interessantes nesta matéria, nomeadamente, a parte das crianças selvagens, que apesar de ser um pouco triste, era também uma parte muito interessante, pois demonstram a importância do desenvolvimento precoce das crianças. Fora isto, penso que não tenho muito mais a acrescentar.

 Em suma, esta parte foi, no geral, um pouco menos interessante que muitas das partes anteriores e só não a considero a mais aborrecida, porque achei a parte das crianças selvagens interessante. Em relação à minha "avaliação" darei a esta matéria um 7/10.


A Mente

 Este tópico engloba conceitos como a perceção, inteligência, memória e aprendizagem. O que o torna bastante extenso, talvez até mais que as outras matérias estudadas.

 Através desta parte da matéria pudemos entender o que liga os subtópicos da perceção, inteligência, memória e aprendizagem ao nível da mente, ainda que estes tópicos não pareçam conectados em primeira instância. Pessoalmente, a parte de que gostei mais foi a da memória, principalmente as limitações que esta possui e as suas características. Por outro lado, a parte que menos gostei foi a da aprendizagem, pois achei um pouco aborrecida e complicada de entender, devido à existência de conceitos como o reforço positivo/negativo e castigo positivo/negativo, que são muito relativos e, por vezes, não fazem sentido quase nenhum. Relativamente às matérias restantes, também achei a parte da perceção um pouco interessante, mas sou indiferente às outras partes.

 Em síntese, esta matéria é mais extensa que as antecessoras ou pelo menos aparenta ser. Isso faz com que a minha opinião acerca dela seja um pouco mais incerta. De qualquer modo a nota que dou a esta matéria é um 8,5/10.


As Emoções

 Esta parte da matéria engloba conceitos como as emoções, os sentimentos, os afetos e as várias teorias que explicam as emoções.

 Pessoalmente, eu achei esta matéria interessante, apesar de já saber que existia uma diferença entre sentimentos e emoções devido à disciplina de filosofia. Mesmo assim, não nos ficamos apenas por esses conceitos, pois também desenvolvemos o tópico dos afetos, ainda que com menos intensidade. Para terminar esta matéria, nós estudamos as várias teorias que explicam as nossas emoções, nomeadamente, as perspetivas: cognitivista, fisiológica, culturalista e evolutiva.

 Relativamente às perspetivas, aquela com que concordo mais é a evolutiva, pois acho muito difícil discordar com o facto que as emoções surgiram em nós através da evolução, já que tantas características ainda mais complexas surgiram inquestionavelmente através desta, mesmo assim, percebo que esta teoria não explica tudo sobre as emoções. Falando das outras teorias, julgo que é também quase impossível refutar o facto de que estas também estão de algum modo certas.

 Falando de outra parte desta matéria, também gostei e concordo com os estudos de António Damásio. Falando de uma maneira mais específica, eu concordo com os marcadores somáticos, caracterizados por Damásio e com a distinção que este faz em sentimentos e emoções. Além de, num à parte, sentir orgulho de ter um cientista tão influente no mundo da psicologia com uma origem igual à minha

 No geral, gostei desta matéria, apesar de não ser a que mais apreciei. Esta é sem dúvida mais interessante que muitas outras, ainda que já tenha abordado um pouco deste tópico em filosofia. Em termos de pontuação, dou às "Emoções" um 8,5/10.


Relações Interpessoais/Influência Social

 O tema das relações interpessoais fala sobre a interação social, a cognição social, as nossas impressões, representações sociais, as nossas atitudes, etc. Relativamente à influência social, esta engloba conceitos como a normalização, o conformismo e a obediência.

 A meu ver, a matéria das "Relações Interpessoais" não foi lá muito interessante e foi até mesmo um pouco maçadora, não sei bem explicar o porquê. Ao longo desta matéria foi possível entender os vários processos que levam um indivíduo a pensar de uma determinada forma em relação a um outro indivíduo. A parte que eu mais gostei foi a das impressões, especialmente, as primeiras impressões, porque revela o impacto e a diferente forma com que podemos agir face à primeira visão que temos de alguém, podendo até mesmo agir em futuras interações de uma forma incorreta, pois o sujeito pode não o merecer.

 No caso da influência social, esta matéria explica os conceitos que nos pressionam a agir de tal forma quando dentro de um grupo ou sociedade. Contrariamente à primeira matéria, eu até gostei da influência social, pois explica o facto de agirmos de uma determinada maneira frente a um grupo, quando agimos de maneira diferente sozinhos. O que me cativou mais foi a parte da obediência, pois é o principal conceito que pode ser utilizado para explicar as ações dos soldados alemães frente às ordens de exterminar grupos étnicos inteiros. Algo que é bastante interessante, porque revela que o ser humano pode agir contra a sua ética para agradar o grupo ou o seu superior. Algo que também é demonstrado pelas ações do exército americano face aos civis vietnamitas ou iraquianos.

 Em suma, eu preferi a temática da influência social, apesar de gostar de alguns aspetos das relações interpessoais. Relativamente à primeira eu daria uma nota de 8,5/10  e uma nota de 7,5/10 à última.

PS: Resolvi falar das duas matérias em simultâneo, pois estas relacionam-se um pouco e porque não tinha muito para dizer sobre as "Relações Interpessoais".


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